Dois Meninos, Duas Orações: Parte 2

Oito meses se passaram desde a resposta miraculosa à oração, e membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia visitaram o Pai pela segunda vez em um Sábado em Conacri, Guiné. Quinze pessoas chegaram com os filhos do Pai, Junior e Emilie, que frequentavam uma escola Adventista no terreno da igreja.

"Estamos aqui para orar", disse um ancião da igreja.

O Pai apreciou o gesto, mas ele tinha uma pergunta. "Por que todos os outros cristãos vão à igreja no domingo, mas vocês adoram no Sábado?" ele perguntou.

O ancião convidou o Pai a abrir sua Bíblia em Êxodo 20:8-10. O Pai leu: "Lembra-te do dia do Sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o Sétimo Dia é o Sábado do Senhor, teu Deus". Mas o Pai não ficou convencido. "O Sétimo Dia é o domingo", ele disse.

O ancião pediu a ele que fosse para Mateus 28:1. O Pai leu: "E, no fim do Sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro." O Pai viu que o Sétimo Dia da Bíblia era o Sábado. "Eu entendo", ele disse. "Vamos orar."

Depois que o grupo da igreja saiu, o Pai mostrou os versículos para a Mãe. Ela não se deixou convencer. "Não, vamos ficar na nossa igreja", ela disse. "Não me importa o que eles disseram. E mesmo que nossos filhos vão para a igreja deles, eu não vou deixar minha igreja."

O Pai sugeriu um tempo de oração e jejum. "Essas perguntas começaram quando nossos filhos começaram a frequentar essa escola", ele disse. "Nós enviamos nossos filhos lá para serem educados. Não sabemos se Deus enviou nossos filhos para aquela igreja para nos levar até lá. Se esta é a igreja de Jesus, que Jesus nos mostre."

O Pai e a Mãe oraram e jejuaram por uma semana. "Se esta for a Sua vontade, que nada nos impeça de ir à igreja no próximo Sábado", orou o Pai.

No próximo Sábado, tudo aconteceu facilmente. A Mãe concordou em ir à igreja Adventista, e os membros da igreja os receberam calorosamente. O Pai ficou incrivelmente feliz depois. Ele sentiu que um fardo tinha sido tirado. Ele não tinha sido fiel na oração antes, mas agora encontrou energia para orar regularmente. Enquanto ele orava, Deus respondia, e sua vida mudou. Seu trabalho floresceu. Ele começou a se dar bem com seus pais e irmãos. Um irmão mais velho até deu o nome de um filho a ele. Ele e a Mãe entregaram seus corações a Jesus no batismo.

"Eu tenho paz", disse o Pai, cujo nome é Pepe Voctorien Soropogui (na foto com sua esposa, Tido Grace Haba). "A mão de Jesus está nesta igreja, e eu agradeço a Deus por me trazer aqui."

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O SANTUÁRIO CELESTIAL DESCOBERTO!

Os primeiros Adventistas Milleritas adotaram a visão popular de que o santuário é a Terra. Quando os Milleritas aplicaram essa má interpretação a Daniel 8:14 (e várias outras passagens-chave), eles erroneamente concluíram que a Terra seria purificada pelo fogo na Segunda Vinda de Cristo, em 1843 ou 1844. Infelizmente, muitos crentes adotaram explicações falsas quando Cristo não retornou.

Alguns acharam que a data estava errada e, portanto, definiram novas datas, mas essa ideia acabou perdendo força. Outros acreditavam que Jesus já havia retornado de maneira espiritual, em vez de fisicamente, ou que o julgamento havia ocorrido em um único dia.

Hoje, acreditamos que o julgamento é contínuo e começou em 1844, continuando até pouco antes da volta de Cristo. Enquanto os crentes lidavam com sua amarga decepção, alguns não conseguiam abandonar a convicção de que o problema estava na interpretação do santuário, não no cálculo da data. Em 7 de fevereiro de 1846, O.R.L. Crosier, com 25 anos na época, publicou um artigo no The Day-Star Extra que descrevia a conexão entre o fim da profecia dos 2.300 dias, o santuário celestial e o ministério final de Jesus.

Ele explicou como o santuário em Daniel 8:14 não estava na Terra, mas no céu, e descreveu como Jesus passou de um compartimento do santuário celestial para outro, iniciando uma nova fase de ministério com a obra de julgamento. Ele também mostrou como o Dia da Expiação seria cumprido pelo ministério de Jesus no céu. O artigo tinha alguns erros doutrinários, mas Deus estava gradualmente conduzindo Seu povo a uma compreensão mais completa e ampla de Sua Palavra.

SIGA O MODELO

A crença antes de 1844 era de que o santuário estava na Terra. William Miller identificou sete possíveis santuários na Bíblia: Jesus, Judá, o Céu, o Templo de Jerusalém como um todo, o Lugar Santíssimo dentro do Templo de Jerusalém, a Terra e os santos. Ele concluiu que o único que aparentemente precisaria de purificação é a Terra. Apesar de sua profunda decepção em 1844, Miller nunca perdeu a esperança no rápido retorno de Jesus. Ele faleceu em 1849, ainda um crente fervoroso.

Em seus últimos anos, ele perdeu a visão e já não estava na vanguarda dos avanços doutrinários contínuos, mas tinha servido fielmente seu papel no movimento Adventista. Embora William Miller nunca tenha aceitado completamente os ensinamentos do santuário celestial e do Sábado, Ellen White escreveu que Deus o ressuscitará na Segunda Vinda. Isso é um bom lembrete de que Deus é paciente e misericordioso com cada um de nós e só nos responsabiliza pelas verdades que conhecemos.

Conforme o movimento se desenvolvia, Hebreus 8 e 9 se tornaram fundamentais para sua compreensão tanto do santuário quanto de Daniel 8:14. Hebreus 9 revela que existem dois santuários: um na Terra e um no céu, e Hebreus 8:2 mostra que Jesus é ministro no verdadeiro tabernáculo, que foi construído pelo Senhor, não por homens. Hebreus 8:4, 5 revela que o ministério dos sacerdotes no santuário terrestre espelha o ministério do nosso Sumo Sacerdote no santuário celestial.

A ligação entre os santuários celeste e terrestre é fascinante; o santuário terrestre é um espelho de seu correspondente celestial e lança luz sobre o que acontece lá. O santuário terrestre tinha dois tipos de serviços: o diário e o anual (Heb. 9:6, 7). Os sacerdotes entravam no Lugar Santo todos os dias com o sangue de vários sacrifícios, mas o sumo sacerdote só entrava no Lugar Santíssimo uma vez por ano, no Dia da Expiação, que era um dia de purificação para o templo e expiação pelos pecados de toda a nação. Como nosso Sumo Sacerdote, Jesus entrou no Lugar Santíssimo do santuário celestial com Seu próprio sangue para cobrir os pecados do mundo de uma vez por todas. As referências ao santuário celestial no Novo Testamento remetem aos serviços do santuário terrestre, nos dando insights mais profundos sobre o ministério de Jesus como Sumo Sacerdote no céu.

Teria sido um privilégio emocionante ser um dos pioneiros que descobriram o que realmente aconteceu em 22 de outubro de 1844. À medida que os crentes tentavam sinceramente entender seus erros e lidar com sua decepção, Deus os conduziu a uma compreensão mais ampla, profunda e completa do evangelho e da Bíblia, como Ele fará conosco se nos voltarmos para Sua Palavra com a mesma atitude de dependência e diligência.

O SANTUÁRIO

Ver que Jesus está ministrando fielmente em um santuário no céu é uma descoberta bela que levanta algumas perguntas: Se o sumo sacerdote na Terra era responsável por purificar o santuário terrestre uma vez por ano e o santuário na Terra era uma cópia do santuário no céu, o santuário no céu também precisava ser purificado? De quê?

Duas vezes por dia, o sacerdote entrava no santuário terrestre para fazer expiação pelo povo (Heb. 9:6), um processo que exigia sangue e morte. Todo pecador arrependido orava sobre seu sacrifício antes que fosse morto, transferindo seus pecados para o animal inocente e condenando-o à morte. Para pecados cometidos por um sacerdote ou por toda a congregação, o sacerdote então levava um pouco do sangue para o Lugar Santo e o aspergia diante do véu, transferindo o pecado para o santuário (Lev. 4:17, 18).

(Para pecados cometidos por governantes ou indivíduos, os pecados não eram simbolicamente levados para o santuário pelo espargimento de sangue, mas pelo sacerdote comendo o sacrifício no Lugar Santo. Veja Levítico 4:22-35 e 10:17, 18.) Os pecados começavam a se acumular à medida que eram transferidos todos os dias durante um ano inteiro, tornando o santuário um lugar contaminado pelo pecado (Lev. 20:3). O Dia da Expiação era o dia em que os pecados eram removidos e o santuário era purificado (Lev. 16:19).

Essa purificação anual do santuário terrestre era uma cópia de uma purificação maior que aconteceria no santuário celestial (Heb. 9:23). É estranho pensar no céu como algo além de puro e imaculado, mas porque o céu está envolvido em lidar com o problema do pecado, o céu também teve que testemunhar o pecado, havendo uma certa poluição que afetou o céu também. No santuário terrestre, quando o sacerdote aspergia sangue nos chifres do altar, o sangue era um testemunho visível (e fedorento) de que o pecado havia ocorrido e a penalidade do pecado, a morte, havia sido paga.

Esse sangue poluía o santuário e era um lembrete de que o acampamento havia sido contaminado com pecado. O profeta Jeremias interpreta o sangue nos chifres do altar como significando que o pecado de Judá estava registrado nesses chifres (Jer. 17:1). Assim como o pecado foi registrado com sangue no santuário terrestre, o pecado também é registrado no santuário celestial. Assim como o santuário terrestre precisava ser purificado desses lembretes de pecado, o santuário no céu precisa de purificação de seu próprio registro de pecados. O Dia da Expiação fornece essa purificação, apagando o registro escrito.

No Dia da Expiação, dois bodes eram trazidos para o santuário e sortes eram lançadas (Lev. 16:7–10). Um era oferecido como oferta pelo pecado, seu sangue aspergido sobre a tampa da arca no Lugar Santíssimo, e o outro era o bode emissário. Todos os pecados do ano anterior eram colocados no bode emissário, que era levado ao deserto, nunca mais retornando.

Deus desejava impressionar Israel com a seriedade do pecado e a importância da purificação espiritual. Essas ações, é claro, simbolizavam como o pecado seria tratado em última instância, mas também havia outros significados espirituais dentro desse processo.

Deus nunca pretendia que nenhum de nós esquecesse a importância do serviço e se envolvesse apenas nas obras da religião (veja Heb. 9:14). A purificação do santuário terrestre era um tipo de como o santuário no céu será purificado, mas não percamos de vista que Deus, em última instância, deseja purificar nossas vidas do pecado.

A nova aliança destacada em Hebreus 8 e 9 não se trata apenas da localização física do verdadeiro santuário, mas, mais importante ainda, da promessa de que Deus não se lembrará mais de nossos pecados (Heb. 8:12). A Nova Aliança é uma promessa de que temos um Sumo Sacerdote que está intercedendo por nós para que possamos estar prontos para receber a herança eterna que Deus preparou para nós (Heb. 9:15).

Momento de Reflexão

► Por que Deus não deu a alguém uma visão para fornecer a visão correta desta doutrina? Por que permitir que os crentes lutem para descobrir isso?

► De que maneiras Deus nos permite lutar e lidar com a Bíblia hoje? Como esse processo é bom para nós?

► O que o santuário nos diz sobre como Deus usa vários estilos de aprendizado para nos ensinar? Como devemos adaptar o que sabemos ao compartilhar com os outros?

► Nos dizem que o Santuário é o centro do trabalho de Cristo em favor do homem. Como uma melhor compreensão do Santuário nos ajuda a ser mais centrados em Cristo?

VIZUALIZADO E VIVENCIANDO

Muitas vezes dizem que uma imagem vale mais que mil palavras. De fato, existem muitas imagens icônicas que não requerem explicação verbal. Em vez de apenas escrever sobre os conceitos e nuances da salvação, Jesus criou o santuário, um modelo tangível de como ser salvo que Seu povo poderia experimentar em primeira mão.

Terminologia complexa como justificação e santificação e palavras com significados profundos como misericórdia, perdão, reconciliação e amor são lindamente ilustradas nos vários móveis e serviços do santuário. Vemos o sacrifício de Jesus na forma como um cordeiro inocente tinha que sofrer a morte porque os pecados do portador eram simbolicamente transferidos para ele. A liberdade do pecador à custa da vida do cordeiro inocente apresentava um exemplo vívido e tátil da graça de Deus e apontava o pecador para Jesus, o substituto e sacrifício final.

Cada peça de mobiliário no Lugar Santo (Heb. 9:2) não apenas fala sobre diferentes aspectos do ministério de Jesus, mas também tem aplicações em nossas próprias vidas. Por exemplo, dos três móveis no Lugar Santo (o candelabro, a mesa dos pães da proposição e o altar do incenso), o altar do incenso estava fisicamente localizado mais próximo do Lugar Santíssimo, onde a presença de Deus habitava e Sua glória era vista. Com o doce aroma do incenso subindo do altar, flutuando sobre a cortina e pousando sobre a arca da aliança e o propiciatório, o altar do incenso representava lindamente a conexão com Deus que podemos ter por meio da oração (Sal. 141:2; Ap. 8:3).

Essa proximidade entre o altar do incenso e a arca da aliança representa o quão perto podemos chegar a Deus hoje por meio da oração, abrindo nossos corações para Ele como o faríamos com um amigo querido. A imagem do santuário nos assegura que Deus está em Seu trono de graça desejando receber nossas petições (Heb. 4:16).

O santuário exemplifica a perfeita combinação da justiça e da misericórdia de Deus; ilustra esses dois aspectos de Seu caráter. Neste modelo, vemos que justiça e misericórdia não são mutuamente exclusivas, mas coexistem em perfeita harmonia. Vemos o amor de Cristo no átrio com Seu sacrifício, e vemos o julgamento de Deus no Lugar Santíssimo, não muito longe. Vemos Sua misericórdia quando o templo é purificado de todo pecado.

O TEMPLO DO CÉU



"O assunto do santuário foi a chave que desvendou o mistério da decepção de 1844. Ele abriu uma visão de um sistema completo de verdades, conectado e harmonioso, mostrando que a mão de Deus havia dirigido o grande movimento Adventista e revelando o dever presente ao trazer à luz a posição e o trabalho de Seu povo. Assim como os discípulos de Jesus, após a terrível noite de angústia e decepção, ficaram "alegres quando viram o Senhor", assim também aqueles que haviam olhado com fé para Sua segunda vinda agora se alegraram. Eles haviam esperado que Ele aparecesse em glória para recompensar Seus servos.

Quando suas esperanças foram frustradas, eles perderam de vista Jesus, e, como Maria no sepulcro, clamaram: "Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram." Agora, no santo dos santos, eles O viram novamente, seu compassivo Sumo Sacerdote, prestes a aparecer como seu rei e libertador. A luz do santuário iluminou o passado, o presente e o futuro. Eles sabiam que Deus os havia conduzido por Sua providência infalível. Embora, como os primeiros discípulos, eles próprios tivessem falhado em entender a mensagem que levavam, no entanto, ela havia sido completamente correta em todos os aspectos. Ao proclamá-la, eles haviam cumprido o propósito de Deus, e seu trabalho não tinha sido em vão no Senhor. Gerados "de novo para uma esperança viva", eles se alegraram "com alegria inefável e cheia de glória".

"Tanto a profecia de Daniel 8:14, 'Até dois mil e trezentos dias; então o santuário será purificado', quanto a mensagem do primeiro anjo, 'Temei a Deus, e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo', apontaram para o ministério de Cristo no lugar santíssimo, para o juízo investigativo, e não para a vinda de Cristo para a redenção de Seu povo e a destruição dos ímpios. O erro não estava no cálculo dos períodos proféticos, mas no evento que ocorreria ao final dos 2.300 dias. Por meio desse erro, os crentes sofreram decepção, no entanto, tudo o que foi predito pela profecia e tudo o que tinham base nas Escrituras para esperar, havia sido cumprido. No exato momento em que lamentavam o fracasso de suas esperanças, o evento predito pela mensagem havia ocorrido e que deveria ser cumprido antes que o Senhor pudesse aparecer para recompensar Seus servos.

"Cristo não havia vindo à Terra, como eles esperavam, mas, como prefigurado no tipo, ao lugar santíssimo do templo de Deus no céu. Ele é representado pelo profeta Daniel como vindo neste momento ao Ancião de Dias: 'Eu via nas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do homem, e dirigiu-Se.… não à Terra, mas... ao Ancião de Dias, e o trouxeram perto Dele'. Daniel 7:13." (Ellen White, O Grande Conflito [1911], 423, 424.)