Real Cura Divina: Parte 5

Almira contou aos seus pais sobre sua decisão de se tornar uma Adventista do Sétimo Dia. Ela também contou a eles sobre fazer as aulas proibidas sobre o sobrenatural, o aparecimento do espírito maligno e os pesadelos persistentes.

A mãe chorou. "Se a igreja te ajuda, vá", disse ela.

Depois de seu batismo, Almira nunca mais foi incomodada pelo espírito.

Hoje, Almira H. Yalysheva, 46 anos, é professora de linguística na Universidade Adventista de Zaoksky, na Rússia. Seu marido, Kemil K. Yalyshev, a quem ela conheceu e se casou enquanto estudava em Zaoksky no final dos anos 1990, é pastor e vice-presidente de assuntos estudantis na universidade. Antes de trabalhar na universidade, o casal atuou por uma década como missionários para pessoas não cristãs na região do Cáucaso Norte da Rússia, parte da janela 10/40. Mais recentemente, o casal obteve diplomas de ensino superior no Adventist International Institute of Advanced Studies (AIIAS) nas Filipinas.

Almira também é mãe e tem uma regra em casa que proíbe todos os desenhos animados e livros infantis que mencionam magia. Após sua própria experiência com espíritos malignos, ela acredita que não há tal coisa como magia boa ou ruim. Toda magia abre a porta para Satanás e suas forças malignas, ela disse. Às vezes, um pai lhe pergunta: "Sobre o que meus filhos vão conversar com seus amigos se eles não assistirem desenhos animados?" Ela diz a eles que há coisas mais interessantes para assistir e discutir, incluindo documentários sobre animais e natureza, se eles optarem por ter telas em suas casas.

A irmã de Almira, Faniya, é Adventista, e seu pai adorava com eles no Sábado antes de falecer. Sua mãe, agora com 75 anos, lê regularmente a Bíblia e os escritos de Ellen White. Ela não tem mais as dores de cabeça que Almira esperava curar através dos cursos sobre o sobrenatural. Depois de ser batizada, Almira começou a levar revistas de saúde da igreja para casa. A mãe as lia e aos poucos seu estilo de vida mudou. Antes, ela bebia apenas chá preto, mas substituiu a bebida por água fresca e se tornou fisicamente ativa. As dores de cabeça desapareceram. O desejo de Almira foi realizado, mas não da maneira que ela esperava. A mãe foi curada.

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VIVA O REI!

Levítico nos lembra que devemos adorar somente a Deus (Levítico 17:7; 18:21; 26:1). Ellen White escreve que "tudo o que valorizamos e que diminui nosso amor por Deus ou interfere no serviço que Lhe é devido, torna-se nosso Deus" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas.

Apocalipse 14 nos ordena a "temer a Deus", dar-Lhe glória e "adorá-Lo" (v. 7) em defesa contra o poder religioso-político chamado a besta, que surgirá nos últimos dias e tentará desviar a adoração para si mesmo. O mestre desse poder é Satanás, que sempre desejou a adoração que pertence somente a Deus (Mateus 4:8–10). Em resumo, a Bíblia nos diz que há uma guerra sobrenatural em curso que só se intensificará antes do retorno de Jesus. A pergunta que devemos nos fazer é: "Diante de qual trono me curvo hoje?"

O chamado para adorar a Deus é refletido até mesmo no santuário terrestre, cujos projetos Deus deu pessoalmente a Moisés no Monte Sinai. Era uma réplica do grande templo-palácio no céu e foi colocado no centro do acampamento de Israel (Números 2) como um lugar de adoração, encontro e habitação divina, assim como era o costume para os reis humanos da época (Benjamin Galan, Guia Ilustrado do Tabernáculo [Torrance, CA: Rose Publishing, Inc., 2008], p. 74).

Nesta lição, procuraremos evidências de adoração no livro de Levítico e aprenderemos como isso se relaciona conosco hoje.

CULTO DURANTE AS FESTAS

Os israelitas traziam seus presentes sacrificiais ao santuário todos os dias. Mas em certas épocas do ano, durante os dias de festa celebrados, toda a nação se reunia para expressar agradecimento e louvor ao Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Cada uma das festas anuais que Deus deu a Israel está listada em ordem cronológica em Levítico 23. Em certo sentido, as festas eram como feriados nacionais que comemoravam eventos especiais em sua história. Cada uma delas também incluía cerimônias únicas que retratavam eventos futuros na história da salvação.

A Festa da Páscoa era uma oportunidade de adorar a Deus por libertá-los dos egípcios (Levítico 23:5; Êxodo 12). Cada cordeiro pascal apontava para Jesus, que sacrificaria Sua vida por nós (1 Coríntios 5:7).

A Festa dos Pães Asmos era uma oportunidade de louvar a Deus por guiá-los durante sua fuga apressada do Egito (Levítico 23:6; Deuteronômio 16:1–8). Ela apontava para a vinda do Messias, que é o nosso "pão da vida" (João 6:35). Esses sete dias de pães asmos também nos lembram de confessar e abandonar o fermento do pecado em nossa vida (Mateus 16:6; Lucas 12:1; 1 Coríntios 5:6–8).

A Festa das Primícias era um momento de agradecer a Deus pelas primícias da colheita (Levítico 23:9–14). Para os cristãos hoje, ela aponta para a ressurreição de Jesus e a ressurreição final daqueles que morreram confiando Nele (1 Coríntios 15:20–23).

A Festa das Semanas era uma oportunidade para Israel louvar a Deus pela abundância da colheita deste ano e pelas outras bênçãos que vêm ao obedecer à lei de Deus (Levítico 23:15–22; 26:1–13; Deuteronômio 16:9–11). Ela também apontava para a grande colheita registrada no livro de Atos, quando o Espírito de Deus seria derramado sobre Sua igreja no dia de Pentecostes (Atos 2; 2 Coríntios 1:22; Efésios 1:13; 4:30).

A Festa das Trombetas era um chamado ao arrependimento sincero do pecado em preparação para o Dia da Expiação (Levítico 23:23–25). Para o cristão, isso é um aviso e um convite para se preparar para a segunda vinda de Jesus e para a última hora de julgamento (João 5:24–27; 2 Timóteo 4:1).

O Dia da Expiação, ou o Dia do Juízo (Yom Kipur), era o mais solene de todos os momentos de adoração. Embora fosse um dia de descanso, assim como o Sábado, as pessoas eram chamadas a negar a si mesmas, examinar seus corações e orar para que seus pecados fossem expiados no lugar Santíssimo (Levítico 16:29–34; 23:26–32). Para os israelitas, esse dia apontava para o grande dia de julgamento que começou em 1844, quando Jesus assumiu Seu ministério no santuário celestial como nosso Sumo Sacerdote (Daniel 8:14).

A Festa dos Tabernáculos era a última festa do ano no calendário (Levítico 23:33–44). Eles louvavam a Deus por não serem mais estrangeiros e peregrinos e se alegravam por Deus tê-los tirado do errante no deserto. Essa festa os ajudava a lembrar que eles habitavam em tendas temporárias chamadas cabanas.

Eles adoravam a Deus por tê-los trazido milagrosamente para habitações permanentes na terra prometida. A Festa dos Tabernáculos também apontava para o momento em que não seremos mais estrangeiros e peregrinos neste mundo e seremos recebidos em nosso lar eterno no céu (Hebreus 11:13–16).

O PALÁCIO DE ADORAÇÃO

Não há dúvida de que o tabernáculo foi decorado como um palácio. Ouro, tapeçarias magníficas e atenção cuidadosa aos detalhes estavam por toda parte, especialmente nos dois cômodos do santuário: o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. O Lugar Santo possuía o candelabro de ouro (Êxodo 25:31–40; 26:35), o altar de incenso de ouro (Êxodo 30:1–10) e a mesa de pão da proposição de ouro (Êxodo 25:23–30), e o Lugar Santíssimo abrigava a arca da aliança, que também era coberta de ouro (Êxodo 26:31–33).

Sim, o tabernáculo era de fato um palácio, e o Rei dos reis reinava, guiava e recebia adoração ali. Ellen White compreendia que o tabernáculo no deserto era principalmente um lugar de adoração. Ela escreveu: "O santuário, [...] quando construído, seria o centro visível da adoração da nação" (Patriarcas e Profetas, p. 314).

Embora o Lugar Santíssimo estivesse bloqueado da vista, não apenas pela tenda, mas também pela cortina gigante entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo, as pessoas podiam ver a glória do Senhor. As cortinas ao redor do pátio do santuário tinham apenas metade da altura do próprio tabernáculo, então a glória de Deus se manifestava para que o povo visse — em certo grau. Eles não podiam ver Sua forma repousando acima da arca da aliança, mas podiam ver a nuvem ou Shekinah que o cobria e a luz celestial que emanava Dele e se irradiava por todo o acampamento (Êxodo 40:34–38; Números 9:15–23). Deus mesmo habitava no meio do Seu povo (Êxodo 25:8). Ellen White ainda especifica que foi Jesus quem habitou entre o povo (Patriarcas e Profetas, p. 311).

Além de ser decorado como um palácio, o templo também foi engenhosamente projetado como um caminho simples para os adoradores se aproximarem e adorarem a Deus. Cada peça de mobília não apenas revelava um passo que cada adorador poderia dar em direção à intimidade com o Senhor, mas também eram belas revelações de Jesus!

Existem aqueles que afirmam que existem muitos caminhos para Deus, mas a Bíblia ensina que apenas um caminho levará você até Ele, e esse caminho é Cristo. Jesus mesmo disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim" (João 14:6).

Momento de Reflexão

► O que você diria a alguém que acredita que existem muitos caminhos para Deus?

► Embora como cristãos não precisamos observar os dias de festa, o que podemos aprender com cada um deles?

► Como o fato de saber que Deus é Rei, está assentado no trono e governa do templo no céu te dá coragem e confiança hoje?

►Como você pessoalmente adora a Deus?

► Como o significado da adoração mudou depois deste estudo?

CAMINHANDO PELO CAMINHO

O santuário mostra formas práticas de nos reconciliarmos com Deus:

1. Fé. Para entrar no pátio que cercava o tabernáculo, é preciso passar pela porta. Jesus se descreveu como "a porta" (João 10:9). Para nos aproximarmos de Deus, devemos fazê-lo com fé em Jesus (Atos 4:12; Hebreus 11:6).

2. Confissão. Em seguida, devemos nos aproximar do altar de bronze para o sacrifício queimado. Pela fé, confissão e arrependimento, devemos colocar nossos pecados sobre o Cordeiro, Jesus Cristo. Admitir que você pecou de uma maneira específica e confessar esse pecado a Cristo é como transferir seu pecado para Jesus, que morreu por você (Levítico 5:4, 5; 1 João 1:9).

3. Batismo. Entre o altar de sacrifício queimado e o tabernáculo, havia uma pia de bronze cheia de água (Êxodo 30:17–21; 40:30–32; Hebreus 10:22). Os sacerdotes lavavam as mãos e os pés ali antes de entrar no tabernáculo ou oferecer sacrifícios no altar. Quando uma pessoa é batizada em nome de Jesus e incorporada à comunhão da igreja, ela também começa seu ministério na igreja e na comunidade.

4. A Palavra. Assim que alguém entrava pela porta do tabernáculo, a mesa dos pães da proposição estava imediatamente à direita (Êxodo 30:1–10). Nesta mesa havia 12 pães a serem comidos ao longo da semana. A adoração envolve consumir a Palavra de Deus como pão (Apocalipse 10:9). Além disso, Jesus se chamou o "pão da vida" (João 6:35).

5. Compartilhar. Logo em frente à mesa dos pães da proposição estava o candelabro de ouro. Eram 75 libras de ouro puro! Isso também representava Jesus, que disse: "Eu sou a luz do mundo" (João 8:12). Como Jesus, as lâmpadas eram alimentadas por óleo, não por cera (chamá-las de castiçais é, portanto, incorreto). O óleo é simbólico do Espírito Santo (Zacarias 4:2–6).

6. Oração. A última peça de mobília no Lugar Santo era o altar de incenso, que ficava do lado de fora da cortina que levava ao Lugar Santíssimo (Êxodo 30:1–10). Duas vezes por dia (manhã e tarde), o sacerdote oferecia incenso. O aroma do incenso queimado representava as orações dos santos subindo ao trono de Deus (Salmos 141:2; Apocalipse 8:3, 4).

7. Presença. A única peça de mobília no Lugar Santíssimo era a arca da aliança. Era chamada de arca da aliança porque dentro estavam os Dez Mandamentos, que são a aliança de Deus (Êxodo 34:28). A arca da aliança era um trono! O assento deste trono era chamado de "propiciatório". Foi aqui que Deus habitou em uma nuvem radiante e governou seu povo por meio de seus líderes, Moisés e Arão (Êxodo 25:22).

Porque nosso Grande Sumo Sacerdote Jesus Cristo foi adiante de nós e fez um caminho para nós, todos a qualquer momento podem entrar na presença invisível de Deus. Agora mesmo, você pode entrar na sala do trono do céu e falar, ouvir e adorar a Deus diretamente (Hebreus 4:14–16). A sala do trono celestial e nosso Deus que governa de lá são descritos vividamente em Apocalipse 4 e 5. Assim como Deus falou com Moisés e Arão do Lugar Santíssimo, Ele também falará conosco.

O ANTÍTIPO DAS FESTAS

"O incenso, subindo com as orações de Israel, representa os méritos e intercessão de Cristo. Sua justiça perfeita, que através da fé é imputada ao Seu povo, e que sozinha pode tornar a adoração de seres pecadores aceitável a Deus. Diante do véu do lugar santíssimo havia um altar de intercessão perpétua, diante do lugar santo, um altar de expiação contínua. Pelo sangue e pelo incenso, Deus devia ser abordado - símbolos que apontam para o grande Mediador, por meio do qual pecadores podem se aproximar de Jeová, e somente por meio do qual misericórdia e salvação podem ser concedidas à alma arrependida e crente" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 353).

"A lei cerimonial foi dada por Cristo. Mesmo depois que não precisava mais ser observada, Paulo a apresentou aos judeus em sua verdadeira posição e valor, mostrando seu lugar no plano de redenção e sua relação com a obra de Cristo; e o grande apóstolo declara que essa lei é gloriosa, digna de seu divino Originador. O solene serviço do santuário tipificava as grandes verdades que seriam reveladas através das gerações sucessivas.

A nuvem de incenso, subindo com as orações de Israel, representa Sua justiça que sozinha pode tornar a oração do pecador aceitável a Deus; a vítima sangrando no altar do sacrifício testemunhava de um Redentor por vir; e do santo dos santos brilhava o sinal visível da Presença divina. Assim, através de eras de trevas e apostasia, a fé foi mantida viva nos corações dos homens até que chegasse o momento da vinda do Messias prometido" (Patriarcas e Profetas, p. 367).

"No décimo quarto dia do mês, à tarde, era celebrada a Páscoa, suas cerimônias solenes e impressionantes comemorando a libertação do cativeiro no Egito e apontando para o sacrifício que deveria libertar do cativeiro do pecado. Quando o Salvador entregou Sua vida no Calvário, o significado da Páscoa cessou, e a ordenança da Ceia do Senhor foi instituída como memorial do mesmo evento do qual a Páscoa havia sido um tipo" (Patriarcas e Profetas, p. 539).

"A Festa dos Tabernáculos era não apenas comemorativa, mas também tipológica. Ela não apenas apontava de volta para a peregrinação no deserto, mas, como a festa da colheita, celebrava a colheita dos frutos da terra e apontava para o grande dia da colheita final, quando o Senhor da colheita enviará Seus ceifeiros para reunir os joios em feixes para o fogo, e para recolher o trigo em Seu celeiro" (Patriarcas e Profetas, p. 541).