A questão central: amor ou egoísmo?

VERSO PARA MEMORIZAR:
“Não tema, porque Eu estou com você; não fique com medo, porque Eu sou o seu Deus. Eu lhe dou forças; sim, Eu o ajudo; sim, Eu o seguro com a mão direita da Minha justiça” (Isaías 41:10).

Leituras da semana:
Lucas 19:41-44; Mateus 23:37, 38; Hebreus 11:35-38; Apocalipse 2:10; Atos 2:44-47; João 13:35.
RPSP: Ezequiel 12

Imagine-se como um pastor zelando por seu rebanho nos arredores do Monte das Oliveiras, contemplando Jerusalém ao longe. Ao ouvir as palavras de Jesus e perceber sua expressão enquanto observa o sol poente refletir-se no Templo de Herodes com suas paredes reluzentes de mármore, você o escuta declarar que não restará pedra sobre pedra que não seja derrubada (Mateus 24:2).

Os discípulos, confusos, questionam o que Ele quer dizer com isso. De que forma essas palavras se conectam com o desfecho dos tempos?

Você escuta as indagações dos discípulos de Jesus e imagina quais acontecimentos levariam à ruína de Jerusalém e como se desdobrariam os eventos profetizados. Na destruição do Templo e na subsequente diáspora, percebe-se um sinal da estratégia enganosa de Satanás para desafiar e tentar destruir o povo de Deus.

Estudaremos a abordagem dupla que o adversário emprega nos conflitos finais dos tempos. Onde o diabo não consegue derrubar e corromper através da sedução e do engano, ele tenta alcançar seus fins por meio da opressão e do confronto. Mas nos momentos mais desafiadores, quando a fé é posta à prova, Deus protege e preserva Seu povo com firmeza.

"Esta lição está baseada nos capítulos 1 e 2 do livro O Grande Conflito."

Ginasta Fiel na Itália

Por Andrew McChesney

Sara, de sete anos, amava ginástica. Era fácil para ela, e ela era boa nisso. Ela gostava especialmente de fazer estrelas. Ela podia fazer estrela após estrela seguida, e só parava quando caía.

Mas havia algo que Sara amava ainda mais do que ginástica. Ela amava a Deus.

Portanto, ela não foi tentada a faltar à igreja quando o treinador de ginástica anunciou que um grande espetáculo de ginástica seria realizado no Sábado em sua cidade natal de Iesi, Itália. O espetáculo acontecia apenas uma vez por ano, e as crianças mostrariam o que haviam aprendido para seus pais e familiares.

Sara sentiu-se triste quando o treinador disse que o espetáculo tinha sido agendado para o Sábado.

Em casa, a mãe viu a cara abatida de Sara.

"Deus pode resolver qualquer problema", disse ela.

Ela sugeriu que Sara levasse seu problema sobre o Sábado a Deus.

Naquela noite, Sara orou: "Querido Deus, estou muito triste com a notícia de que perderei o espetáculo, mas que seja feita a Tua vontade."

Sara e as outras crianças se encontravam para a prática de ginástica todas as terças e quintas. O treinador tinha anunciado a data do espetáculo de ginástica em uma prática de terça-feira.

Sara orou na terça à noite e na quarta à noite. Na prática de quinta, a treinadora de repente anunciou que a data do espetáculo de ginástica havia sido mudada.

"Teremos que adiar o espetáculo por um dia, até domingo, devido a alguns problemas organizacionais", disse ela.

Sara não podia acreditar no que ouvia. Ela estava extasiada de alegria! Quando ela contou a novidade entusiasmada para a mãe pouco tempo depois, a mãe sorriu mais do que o sol.

"Você tem que confiar em Deus sempre!" ela disse.

E Sara sempre confiou. Esta foi sua primeira experiência com a oração, e isso fortaleceu muito a sua fé em Deus. No Sábado, ela contou à igreja o que havia acontecido. Um membro da igreja preparou um sermão especial sobre a oração e convidou Sara para o púlpito para contar sua história.

"Sempre orei quando enfrentei problemas na vida", disse Sara, agora com 19 anos, à Missão Adventista.

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Um Salvador de coração quebrantado

Observando Jerusalém, Jesus sentiu seu coração pesaroso. Como João escreveu, Ele veio para o que era seu, e os seus não O acolheram (João 1:11). Fez tudo o que podia para resguardar seu povo do aniquilamento iminente de sua amada cidade. O apelo de Jesus por Seu povo é incessante. Ele chama continuamente para que se voltem a Ele e aceitem seu convite de compaixão.

Qual foi a atitude de Jesus com Seu povo e a resposta deste á Sua graça? O que isso revela sobre Deus? Lucas 19:41-44; Mateus 23:37, 38; João 5:40.

É complexo compreender a ruína de Jerusalém sob a perspectiva do amor divino. Incontáveis vidas foram perdidas quando o general Tito conduziu suas legiões contra a cidade. Jerusalém foi arrasada, homens, mulheres e crianças perderam a vida. Onde estava Deus enquanto seu povo sofria? A reação divina ao sofrimento é de empatia e compaixão, nunca de indiferença ou abandono.

Por causa da rebeldia, muitos perderam a proteção divina. Nunca Deus interveio para impedir o livre-arbítrio, mesmo que as consequências dessa escolha levassem a sofrimento. Deus não causa o sofrimento de crianças inocentes esse ato reflete a ação malévola de Satanás, não a de Deus.

Satanás se compraz em conflitos pois neles consegue despertar o pior nos seres humanos. Ao longo do tempo, sua meta tem sido enganar e aniquilar, e, posteriormente, culpar Deus.

Leia Mateus 24:15-20. Que orientações Jesus deu a seu povo para salvá-lo da vindoura destruição de Jerusalém?

Os seguidores de Cristo que viviam em Jerusalém no ano 70 d.C. eram predominantemente judeus. Deus ansiava pela preservação das pessoas. Por isso, Ele orientou que, ao perceberem a aproximação das legiões romanas, eles deveriam buscar refúgio e fugir da cidade.

Reflexão: O Não devemos julgar o caráter de Deus pelos eventos adversos que nos cercam; ao invés disso, devemos interpretar esses eventos através do prisma do caráter amoroso de Deus, conforme revelado nas Escrituras. Por que seguir esse conselho é sábio?

Cristãos providencialmente preservados

A misericórdia e os cuidados divinos são evidenciados nas narrativas que precederam o cerco a Jerusalém. Quando Céstio Galo iniciou seu ataque à cidade, e então, de maneira inesperada, recuou, permitiu que os judeus cristãos fugissem, pois, a destruição parecia certa. Com esse recuo surpreendente, os cristãos que viviam em Jerusalém aproveitaram a oportunidade para se refugiar em Pela, além do Rio Jordão.

Foi um sinal de aviso, como prometido, aos seguidores de Cristo que aguardavam, e todos puderam fugir para escapar do desastre iminente. Não somente romanos, mas ninguém conseguiu impedir a evacuação dos cristãos da cidade. (Ellen G.White, O Grande Conflito (CPB, 2021) p. 23).

O que a Bíblia diz sobre o cuidado de Deus? Veja em Salmos 46:1 e Isaías 41:10

Deus reina soberano sobre os acontecimentos da história, assegurando o progresso do Seu propósito eterno. Mesmo que em alguns momentos pareça mudar Seus planos em resposta às escolhas humanas, Seu plano supremo sempre será cumprido. Os seguidores de Cristo podem enfrentar provações e até o martírio pela fé em Cristo, mas nas horas de maior necessidade, Deus sustenta e protege Sua congregação.

Até que ponto vai a batalha contra o mal? Deus permite que alguns sofram e até morram como mártires pela causa de Cristo. Esse fato contradiz a ideia da proteção de Deus Hebreus 11:3-38; Apocalipse 2:10

"Os planos de Satanás de extinguir a igreja de Cristo por meio do ódio foram em vão. No grande confronto, a firmeza dos discípulos de Jesus, mesmo quando líderes eram perseguidos e tombavam, não significava o fim da missão. A fé avançava com mais convicção. Mesmo quando obreiros do Senhor eram mortos, Sua obra prosseguia com força inabalável" (Ellen G. White, O Grande Conflito, página 32).

Leia Os escritores bíblicos certamente conheciam a dor e o sofrimento, mas escreveram sobre o amor de Deus. Como podemos experimentar o amor de Deus por nós?

Fiéis em meio á perseguição

Mesmo sob perseguição, a igreja cristã teve um crescimento acelerado. Pessoas proclamando a Palavra com convicção, vidas sendo transformadas e um número crescente de conversões.

Quais foram os desafios que a igreja do Novo Testamento enfrentou e como ocorreu seu crescimento? Confira em Atos 2:41; 4:4, 31; 5:42 e 8:1-8

Os primeiros seguidores de Cristo encararam ameaças, foram aprisionados e alguns até foram mortos (confira em Atos 4:17; 5:17, 18), porém, continuaram pregando a ressurreição de Jesus e a igreja se expandiu rapidamente pela Judeia, Samaria e além (Atos 9:31).

A influência maligna foi subjugada diante do poder do Ressuscitado. O evangelho se mostrou inabalável diante de oposições formidáveis. Os discípulos permaneceram firmes mesmo quando enfrentaram ameaças e medo, pois a presença de Cristo era constante entre eles.

Um vislumbre do Senhor ressurreto transformou a trajetória dos discípulos. Cristo prometeu vida abundante e enviou Seus seguidores na Grande Comissão (confira em Marcos 16:15), reafirmando a promessa de poder e presença do Espírito Santo, assegurando que seriam testemunhas por toda Judeia, Samaria e até os confins da terra (Atos 1:8).

O ensinamento do apóstolo Tiago permaneceu forte mesmo após o término do primeiro século, quando a verdade continuou sendo passada adiante. Plínio, o Jovem, governador da Bitínia na atual Turquia, e o imperador Trajano discutiram sobre como lidar com os cristãos cerca de 80 anos após a crucificação. Plínio descreveu os julgamentos e a perseguição dos cristãos, evidenciando que a fé cristã já havia se espalhado além das cidades, alcançando aldeias e distritos rurais (Henry Bettenson, Documentos da Igreja Cristã).

O que a igreja do fim dos tempos pode aprender com a igreja primitiva

Cuidando da comunidade

A igreja cristã primitiva floresceu não somente porque seus seguidores pregavam o evangelho, mas também porque viviam conforme ele. Os fiéis seguindo os ensinamentos do ministério de Cristo, que "viajava por toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando as boas novas do reino e curando todos os tipos de doenças e enfermidades entre o povo" (Mateus 4:23).

Jesus se preocupava profundamente com as pessoas, e a igreja do Novo Testamento também demonstrava esse cuidado. Esse amor altruísta e a dedicação a satisfazer as necessidades humanas através da proclamação do poder do Espírito Santo tiveram um impacto significativo no mundo nos primeiros séculos.

Que princípios aprendemos sobre o cristianismo autêntico em diferentes situações relatadas em Atos? Atos 2:44-47; 3:6-9; 6:1-7

A igreja de Cristo é o Seu corpo na Terra, e ela também, nos primeiros séculos, manifestava o amor sacrificial e a preocupação com a humanidade machucada e quebrada. Esses seguidores eram exemplos vivos da compaixão do Senhor.

No grande conflito que aflige o Universo, Satanás deseja distorcer a imagem de Deus na humanidade. O propósito do evangelho é restaurar a imagem de Deus no ser humano. Esta restauração inclui a cura física, mental, emocional e espiritual.

Em João 10:10, Jesus revelou o Seu plano para nós. "O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância." Ele deseja que sejamos fisicamente saudáveis, mentalmente ativos, emocionalmente estáveis e espiritualmente íntegros.

Isso é especialmente importante agora, quando o mundo enfrenta grandes desafios e a iminente volta de Jesus é esperada. As profecias do livro de Mateus alertam sobre crises e desastres antes do retorno de Cristo (Mateus 24; Lucas 21). Quando, pela graça de Deus, tocamos os outros com o amor curador de Cristo, Deus nos usa para curar e restaurar os quebrantados pelo mundo.

O cristianismo primitivo, através do poder do Espírito Santo, caracterizava-se pelo amor entre seus membros e pelas suas comunidades.

O que devemos fazer para provar que as acusações de Satanás contra Deus são falsas?

Um legado de amor

À luz do desafio de Satanás contra o governo de Deus, o que João revela? O que ele diz sobre a essência do cristianismo? João 13:35; I João 4:21

O amor era a marca das comunidades cristãs nos primeiros séculos. Tertuliano disse: “Principalmente são as ações de um amor tão notório que fazem muitos nos identificar. Veem, falam, como amam uns aos outros” (Veja Apologia de Tertuliano 39, traduzido por S. Thelwall. Disponível em: ).

As grandes demonstrações do amor divino ocorreram quando duas pandemias, a Peste Antonina por volta de 160 d.C. e a Peste de Cipriano em torno de 260 d.C., assolaram o mundo. Os cristãos serviram aos enfermos. Estes flagelos dizimaram dezenas de milhares e deixaram aldeias e cidades quase desabitadas. A atuação altruísta dos cristãos teve um impacto profundo. Milhões no Império Romano se converteram durante esses tempos difíceis. O cuidado com os doentes e moribundos rendeu admiração para aqueles crentes e para o Cristo que eles representavam.

No livro A Ascensão do Cristianismo, Rodney Stark narra estes eventos sob uma perspectiva histórica renovada e otimista. O autor narra como, na segunda grande pandemia, a comunidade cristã, ainda majoritariamente judaico-cristã, transformou-se quase num batalhão de cuidadores, atendendo as necessidades vitais da população atingida pela doença. “No pico da segunda pandemia, cerca de 260 d.C., em uma missiva de Páscoa, Dionísio homenageou os esforços heroicos dos cristãos locais na assistência médica, muitos dos quais sacrificaram suas vidas enquanto cuidavam dos outros.

“A maior parte dos nossos irmãos em Cristo demonstrou um amor e fidelidade sem limites. Ignorando os riscos, eles se dedicaram aos enfermos, suprindo todas as suas necessidades e servindo-os em nome de Cristo. Enquanto deixavam este mundo em paz e contentamento, foram contagiados por outros, assumindo sobre si as doenças de seus próximos e aceitando de bom grado suas dores” (Rodney Stark, A Ascensão do Cristianismo [Princeton, NJ: Princeton University Press, 1996], p. 82).

Como aprender a morrer para o eu, para que manifestemos um espírito altruísta?

Estudo Adicional:

Os esforços de Satanás para destruir a igreja de Cristo através da violência foram inúteis. Com cada derrota, a obra de Deus continuou sua marcha vitoriosa. Os mensageiros de Deus, embora enfrentassem a morte, garantiam o avanço da mensagem, e o número de convertidos crescia. A fé cristã se difundiu até em regiões que pareciam inacessíveis, até mesmo entre os exércitos romanos.

A ousadia dos cristãos em enfrentar o poder dos governadores pagãos que praticavam injustiça era notória. Um seguidor de Cristo disse: "[Vocês podem] nos matar, mas isso só serve para provar a injustiça de vocês e a força do testemunho dos inocentes. […]. Tudo isso apenas fortalece nosso convite para guiar outros à mesma convicção: 'Quanto mais cristãos são semeados, mais eles crescem em número', já que o sangue dos mártires é a semente da igreja" (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 32).

"A providência misteriosa que permite que os justos sofram perseguição não é algo que foge da compreensão divina. Ao contrário, até nos momentos mais difíceis, Deus está presente. Alguns podem perder a confiança n'Ele quando veem os fracos na fé sendo derrubados, ou quando observam que os injustos prosperam enquanto os mais justos enfrentam adversidades.

Contudo, devemos recordar que a capacidade de Deus para suportar injustiças e opressão é algo além do nosso entendimento, mas isso não significa que Ele é indiferente a essas realidades. Não devemos duvidar da bondade de Deus nem questionar Sua provisão, mesmo frente às maiores adversidades" (O Grande Conflito, p. 36).

Questões para discussão:

 Qual é o propósito da perseguição? Por que Deus permite que Seu povo sofra? Em sofrimentos que não têm explicação, por que a experiência do amor de Deus é tão importante para manter a fé?

 "Onde está Deus quando estou sofrendo? Se Ele me ama, por que estou passando por esse momento difícil?" Que resposta você daria a essas perguntas?

 Como sua igreja pode se tornar uma comunidade solidária para impactar o mundo?