Em defesa da verdade

VERSO PARA MEMORIZAR:
“E assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que Nele crê tenha a vida eterna” (João 3:14, 15).

Leituras da semana:
Daniel 7:23-25; Apocalipse 12:6, 14; Judas 3, 4; Apocalipse 2:10; Atos 5:28-32; Salmos 19:7-11; 1João 5:11-13
RPSP: Ezequiel 26

A cidade turca de Izmir, conhecida na Bíblia como Esmirna, mencionada em Apocalipse 2, era um lugar próspero nos primeiros séculos, com uma população de cerca de 100 mil pessoas e era leal a Roma.

Todos os anos, os moradores de Esmirna tinham que mostrar sua lealdade queimando incenso para os deuses romanos. No segundo século, a cidade tinha uma forte comunidade cristã, que não participava desses rituais. Polícarpo, o líder da igreja local, preferiu morrer a negar sua fé. Quando as autoridades exigiram que ele renunciasse a Cristo, ele permaneceu firme, dizendo que tinha servido a Deus por 86 anos e não seria traído por ele agora. "Como poderia eu falar mal do meu Rei que me salvou?"

A determinação de Polícarpo e de outros que não cederam sob perseguição fortalecia a fé e a coragem dos cristãos. Seu exemplo inspirava os seguidores de Cristo a manterem seus princípios, mesmo diante da ameaça de morte, como aconteceu com valdenses, reformadores e outros que permaneceram firmes, mesmo contra a opressão da Igreja Católica Romana.

Esta lição é baseada nos capítulos 4 a 6 do livro O Grande Conflito.

* Estude a lição desta semana para se preparar para o Sábado, 27 de Abril.

História de Dois Vizinhos

Por Andrew McChesney

A religião de Mussa ensinava que é errado criar porcos para venda. Mas Mussa trabalhava como criador de porcos.

A religião de Nicolonaga ensinava que é errado se divorciar por qualquer motivo, exceto imoralidade sexual. Mas Nicolonaga se casou três vezes e, além disso, teve três esposas de união estável em momentos diferentes.

Os dois homens, que eram vizinhos, viviam vidas distantes de suas crenças religiosas professadas. Mas Deus tinha um plano para eles em Moçambique.

Um dia, um dos porcos de Mussa entrou no jardim de vegetais de Nicolonaga e causou danos consideráveis.

Nicolonaga ficou furioso e exigiu uma luta de punhos. Ele venceu a briga, e Mussa se afastou mancando, ensanguentado e espancado. Mas Mussa não pretendia desistir. Ele jurou vingança por meio da bruxaria. “Você tem trinta dias para se preparar para a sua morte”, disse ele a Nicolonaga.

No dia seguinte, Nicolonaga acordou seriamente doente. Ele falou sobre a ameaça de Mussa para seus amigos da igreja Adventista do Sétimo Dia, onde ele já havia adorado.

À medida que a condição de Nicolonaga se deteriorava constantemente, ele ficava preocupado. Após 15 dias, ele pediu aos membros da igreja que orassem por ele, e o pastor organizou uma equipe de oração para visitar sua casa.

Mas Nicolonaga não melhorava. Passou-se outra semana, e suas opções pareciam poucas.

Com o tempo se esgotando para o prazo de 30 dias dado por Mussa, o pastor convocou uma noite de jejum e oração por Nicolonaga.

Na manhã seguinte, bem cedo, Mussa bateu à porta da casa do pastor.

Ele contou uma história fantástica sobre como seus deuses lutaram com o Deus de Nicolonaga, e o Deus de Nicolonaga venceu. Ele disse que não poderia mais tirar a vida de Nicolonaga. Ele queria se tornar um cristão.

“Eu quero adorar o Deus de Nicolonaga”, disse ele.

Nicolonaga se recuperou de sua doença, e tanto ele quanto Mussa ingressaram em uma classe batismal Adventista. Ambos entregaram seus corações a Jesus no batismo. Hoje,

ambos são forças poderosas para o bem em sua região de Moçambique.

“Deus é poderoso, e Ele responde às orações daqueles que o buscam com fé”, disse Nelson A. Quenesse, o pastor.

Afinal, disse ele, “sem fé é impossível agradá-Lo, pois quem se aproxima de Deus deve crer que Ele existe e que é recompensador daqueles que o buscam diligentemente” (Hebreus 11:6)

Fornecido pelo Escritório da Conferência Geral da Missão Adventista, que usa as ofertas missionárias da Escola Sabatina para espalhar o evangelho em todo o mundo. Leia novas histórias diariamente em www.escolaSABATINA.net/historias.

Acreditamos que Deus aumentou o conhecimento de nosso mundo moderno e que Ele deseja que o usemos para Sua glória e proclamar Seu breve retorno! Precisamos da sua ajuda para continuar a disponibilizar a Lição da Escola Sabatina neste aplicativo. Temos os seguintes custos Firebase, hospedagem e outras despesas. Faça uma doação no nosso site www.EscolaSabatina.net

Perseguidos, mas triunfantes

Leia Daniel 7:23-25; Apocalipse 12:6, 14. A que períodos de tempo proféticos essas passagens se referem?

Sempre que as pessoas ficam do lado de Deus, o mal se irrita. O livro de Daniel falou sobre um tempo difícil para a igreja, onde seria perseguida (Daniel 7:21, 25). O livro de João também falou desse tempo difícil, dizendo que a igreja teria que se esconder e ser ajudada por Deus por um tempo (Apocalipse 12:14). "A mulher [a igreja], fugiu para o deserto, onde Deus tinha arrumado um lugar seguro" (Apocalipse 12:6). No deserto, eles ficaram firmes com a ajuda da palavra de Deus, mesmo com os problemas e o controle ruim da igreja na época.

Os fiéis acharam um lugar seguro que Deus preparou. Mesmo passando por coisas ruins, encontraram paz e apoio com a ajuda de Deus (ver Salmo 46).

Os 1.260 dias são um jeito de falar sobre um tempo que na verdade é mais longo (Apocalipse 12:6, 14), que é explicado usando símbolos na Bíblia (3,5 tempos ou anos x 360dias/ano = 1.260 dias). As profecias de Daniel e do Apocalipse usam números para falar sobre períodos de tempo, onde um dia simboliza um ano (Números 14:34; Ezequiel 4:6).

A regra de "um dia é como um ano" é usada nestes versículos, mas não só neles. William Shea, que estuda a Bíblia, fala de muitos exemplos onde isso aparece no Antigo Testamento. Muitos entendem essa regra assim por muito tempo.

Os visigodos, vândalos e ostrogodos eram grupos que tinham crenças diferentes da igreja de Roma. Os 1.260 dias começaram quando o último desses grupos foi derrotado, e essa dominação continuou até 538 d.C. O período de escuridão espiritual acabou em 1798 d.C., quando um general de Napoleão, Berthier, tirou o papa de Roma.

Muitos sofreram e até morreram nesse tempo por seguirem a Bíblia. Mas até na morte, eles venceram, porque acreditavam em Cristo, o Cordeiro. Eles foram salvos do pecado e vencedores "pelo sangue do Cordeiro". A morte deles foi importante e agora eles podem descansar até Jesus voltar.

Como o cumprimento das profecias bíblicas fortalece sua fé?

A luz vence a escuridão

Que Judas 3, 4. Que advertência há nessa passagem e como ela se aplica à igreja cristã em todos os tempos?

O livro de Judas foi escrito ante de 65 d.c, para cristãos chamados de "amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo" (Judas 1:1). Esse texto diz para as pessoas lutarem para manter a fé que foi entregue uma vez por todas aos seguidores de Cristo. Avisa que alguns não bons entraram no meio do grupo sem serem notados. Eles eram ruins e mudavam o significado da graça de Deus (Judas 1:3, 4).

Esse alerta foi importante na Idade Média quando crenças que não eram da Bíblia começaram a se misturar com a fé cristã. Por muito tempo, seguidores como os valdenses se mantiveram fiéis à verdade da Bíblia. Eles acreditavam que Cristo era o único que podia nos conectar com Deus e que a Bíblia era o único guia de verdade. Mesmo em tempos difíceis, sempre teve gente que guardava essa fé verdadeira e seguia o que a Bíblia ensinava.

Que promessa Deus faz aos fiéis em face da própria morte? Apocalipse 2:10

As palavras de Apocalipse 2:10 foram escritas para a igreja em Esmirna. Contam sobre a coragem dos seguidores de Cristo naquela cidade, mesmo quando enfrentavam coisas difíceis. Diz que mesmo que líderes da igreja morressem, eles ganhariam a "coroa da vida". Isso significa que mesmo passando por problemas ou até a morte por acreditar em Cristo, eles seriam recompensados. Sabiam que um dia veriam Jesus e ficariam com Ele para sempre. A promessa é que, se continuarmos firmes, mesmo com dificuldades, teremos uma vida eterna com Jesus.

O que encoraja você nas dificuldades? Que promessas reivindica nesses momentos?

Coragem para permanecer em pé

Compare Atos 5:28-32; Efésios 6:10-12; Apocalipse 3:11. Que princípio básico se encontra nesses textos?

Uma coisa muito importante para os valdenses e reformadores era sempre ser fiéis a Deus, seguindo o que a Bíblia diz e respeitando o comando de Deus mais do que o do Papa. Eles acreditavam que seguir Jesus era mais essencial do que seguir homens (Atos 5:29). Eles entendiam que tinham que ser fortes no poder de Deus (Efésios 6:10) e levaram muito a sério o conselho de Jesus: "Segure firme o que você tem, para que ninguém pegue a sua coroa" (Apocalipse 3:11). Em vez de seguir o que os romanos faziam, esses cristãos decidiram seguir só o que a Bíblia ensina.

Os valdenses foram um dos primeiros a ter a Bíblia na língua que falavam, graças a pessoas como Jean Leger, que copiava a Bíblia à mão. Eles contavam histórias sobre o trabalho e mostravam desenhos disso. Os valdenses viajavam pela Itália e França ensinando as pessoas e fazendo cópias da Bíblia para que mais gente pudesse aprender. Jovens eram ensinados a memorizar partes da Bíblia.

Alguns desses jovens viajavam pela Europa como comerciantes, mas também compartilhavam a verdade da Bíblia. Alguns iam até para a universidade e, quando podiam, falavam sobre a Bíblia com os colegas. Inspirados pelo Espírito Santo, dividiam a Bíblia para que outros pudessem aprender também. Muitos foram muito corajosos e deram suas vidas por serem fiéis à Bíblia. Mesmo que nem todos entendessem tudo sobre a Bíblia, eles compartilhavam a verdade com outros.

"A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia claro" (Provérbios 4:18). Salomão disse que seguir Deus é como andar numa estrada que vai ficando cada vez mais iluminada. Deus é como um sol que de repente faz tudo brilhar. Se Deus mostrasse todo o Seu poder de uma vez, a gente não aguentaria. Mas, mesmo depois de muito tempo de escuridão, Deus levantou homens e mulheres comprometidos com a Sua verdade e continuaram buscando mais conhecimento sobre Deus.

Como podemos, refletindo a luz de Cristo, brilhar em nossa comunidade?

A estrela da manhã da Reforma

Que atitudes de Davi e Jeremias em relação à Palavra de Deus foram a pedra angular da Reforma? Salmo 19:7-11; 119:140, 162; Jeremias 15:16

Uma coisa importante que a Reforma mostrou é que aprender sobre Deus é algo que traz felicidade, e não é um trabalho duro ou só seguir regras. Estudar a Bíblia deveria ser algo que deixa as pessoas felizes.

As pessoas que estudaram a Bíblia naquela época mudaram muito. Eles viram como a Bíblia podia mudar as pessoas por dentro. John Wycliffe foi um dos que aprenderam muito com a Bíblia. Ele gostava tanto da Bíblia que queria que todo mundo sentisse o mesmo. A Bíblia fazia as pessoas pensarem e crescerem muito.

O estudo da Bíblia faz com que as pessoas pensem melhor e cresçam por dentro. Dá força, paciência e melhora o coração. Faz as pessoas se tornarem melhores e mais próximas de Deus. Quando as pessoas estudavam a Bíblia com respeito e vontade, era como se elas estivessem falando com Deus. Isso era muito mais útil do que qualquer outra coisa que as pessoas pudessem aprender sozinhas. (Ellen G. White, O grande Conflito [CPB, 2021], p 78, 79).

Que conselho Paulo deu a Timóteo a respeito da Palavra? 2 Timóteo 2:1-3

Os que queriam mudar as coisas na igreja queriam compartilhar com todos a verdade que os deixava alegres. John Wycliffe passou a vida toda trabalhando para traduzir a Bíblia para o inglês por dois motivos: porque a Bíblia muda as pessoas e porque o amor de Cristo o inspirava a compartilhar o que ele tinha aprendido.

Antes de Wycliffe, quase ninguém na Inglaterra lia a Bíblia em inglês. Mas ele morreu antes de ver as mudanças que queria. A igreja não gostou do que ele fez e até jogou as cinzas dele num rio. Mas, como as cinzas se espalharam pela água, a mensagem da Bíblia também foi espalhada por todos os lados. E o trabalho dele não foi esquecido. Deus usou o que ele fez para brilhar como "a estrela da manhã da Reforma".

Animados pela esperança

Leia Hebreus 2:14, 15. Como os crentes da Idade Média experimentaram a realidade do grande conflito?

O que dava força aos valdenses na época difícil era acreditar nas promessas de Deus e na força que vem de confiar em Cristo. Eles tinham fé na promessa de Jesus: "Porque eu vivo, vocês também viverão" (João 14:19). Para eles, o poder de Cristo era mais forte que qualquer problema. Eles encontravam alegria mesmo nos momentos ruins porque estavam juntos com Cristo. Sua lealdade a Deus foi como um testemunho para o mundo inteiro.

Eles sabiam que, porque Cristo ressuscitou, a morte não era o fim. Eles viam a morte como algo que já tinha sido vencido. Por isso, se agarravam nas promessas da Bíblia e ganhavam força para continuar lutando e venceram.

Leia João 5:24; 11:25, 26 e 1 João 5:11-13. Que garantias essas promessas têm dado? Como elas nos ajudam nas provações?

Hus foi uma pessoa muito corajosa que enfrentou a prisão e situações muito difíceis. Mesmo em uma prisão fria e úmida, que quase o matou, ele falava da ajuda de Deus. Ele escreveu: "A graça de Deus é suficiente para mim, e Sua força é perfeita quando estou fraco". Mesmo esperando morrer, ele confiava em Deus e achava paz pensando no futuro com Cristo (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 90).

Paulo também nos lembra que devemos manter nossa fé e esperança porque Deus cumpre o que promete (Hebreus 10:23). Assim como as promessas de Deus ajudaram as pessoas no passado, elas também são um apoio para nós hoje.

O que significa perder tudo por Cristo? O que se perde? O que aprendemos com os valdenses e reformadores que pode nos sustentar no conflito final?

Estudo Adicional:

Eles não receberam toda a luz que deveria ser dada ao mundo. Por meio desses servos, Deus estava levando as pessoas por um caminho que as afastava do catolicismo; mas havia muitos desafios a serem superados com a ajuda de Deus.

Deus guiou as pessoas, pouco a pouco, já que eles não estavam prontos para entender tudo de uma vez. Se Deus mostrasse tudo de repente, seria como o brilho do sol do meio-dia de uma vez só e muitos teriam ficado confusos. Então, as pessoas aprenderam aos poucos, conforme Deus ia mostrando e elas podiam entender. Outros trabalhadores da fé deveriam aparecer depois, para ajudar mais ainda no caminho da Reforma. (Ellen G. White, O grande Conflito [CPB, 2021], p 86, 87).

”Em outra carta, a um padre que havia se tornado discípulo do evangelho, Hus falou com profunda humildade de seus próprios erros, acusando-se de ter sentido prazer em usar vestimentas suntuosas e ter gastado horas em ocupações fúteis”. Acrescentou então estes comoventes conselhos a posse de benefícios e bens. Cuidado para não adornar sua casa mais do que sua alma, e, acima de tudo, dê atenção ao edifício espiritual. Seja piedoso e humilde para com os pobres, e não consuma seus bens em festas” (O grande Conflito, p. 88, 89).

Questões para discussão:

 O que é "luz progressiva"? Por que Deus revela a verdade gradualmente? Como esses princípios se aplicam à igreja de Deus hoje?

 As novas descobertas da verdade se relacionam com verdades antigas que o povo de Deus já compreendia? Por que a nova luz nunca deve contradizer a antiga luz?

 A cultura promove valores, ideias e códigos morais que entram em conflito com o que a Bíblia ensina. Como lidamos com esses desafios? Podemos ser bons cidadãos e, ao mesmo tempo, não aceitar valores distorcidos que a cultura proclama?

 Como a carta de Hus impacta seu pensamento? O que o impressiona nessa carta?